O dia clássico de quem vai ao Topo da Europa (Jungfraujoch) inicia em Interlaken e faz um roteiro circular, indo por Grindelwald e retornando por Lauterbrunnen, ou vice-versa. Nosso roteiro foi um pouco diferente. Iniciamos e terminamos em Grindelwald, onde estávamos hospedados.
Esse post faz parte de uma sequência. Veja aqui nosso roteiro de carro pela Suíça.
O amanhecer com céu claro e essa vista magnífica da face norte do Monte Eiger deu sinal verde para corrermos até a estação e iniciarmos a subida ao Jungfraujoch, que estávamos ansiosos por fazer desde que decidimos ir à Suíça.
Subir com tempo bom é essencial, e uma vez lá no alto você precisa de tempo para aproveitar tudo que a estação de trem mais alta da Europa oferece. Descarte qualquer ideia de ir até lá com tempo contado, dia marcado ou ainda pior, subir e descer no mesmo turno como vimos alguns grupos fazendo. Chegue cedo, saia tarde e crie uma memória definitiva na sua ilha das once-in-a-lifetime experiences.
O trem que leva até Kleine-Scheidegg tem janelas amplas. Conseguimos lugares na janela, mas isso não é essencial. Onde quer que você esteja, terá vistas fantásticas durante a subida. Difícil vai ser fotografar sem reflexos, mas quem se importa com reflexos?? O trem faz breves paradas nas estações de Brandegg e Alpiglen, e você vai se dando conta que a viagem ao Jungfrau não é um roteiro bate-e-volta. Trata-se de toda uma região com quilômetros de trilhas para caminhadas, opções de pistas de esqui das mais diversas e vilarejos alpinos aconchegantes.A estação de Kleine-Scheidegg, muitas vezes descrita simplesmente como o lugar onde você troca de trem e embarca naquele que vai te levar ao Topo de Europa, na verdade é o coração do vale aos pés do Monte Eiger, de onde parte uma infinidade de trilhas e no inverno, se torna o ponto central para esquiadores explorando a região.
Mas nós estávamos ali apenas para trocar de trem. A conexão é rápida e logo estávamos subindo a montanha novamente. Uma breve parada na estação de Eigergletscher para nos despedirmos da luz do sol. A partir desse ponto foram 16 anos de trabalho para construir a estrada de 9Km, 7 dos quais dentro de túneis escavados há mais de um século, mas que ainda hoje surpreendem pelas condições inóspitas de terreno e clima.
O trem faz duas paradas no interior do túnel. Em ambas os passageiros desembarcam e se encaminham rapidamente para um corredor que se abre em algumas janelas de observação. Se você perdeu a corrida, siga para as pontas e alcance as janelas mais distantes. A maioria dos turistas param na primeira que encontram, e percebemos que as janelas mais das pontas ficam menos tumultuadas.
Nossa primeira parada foi em Eigerwand (Parede do Eiger), de onde avistamos Grindelwald lá embaixo. A parada de cinco minutos parece rápida, mas não é. Na verdade não controlamos o tempo, mas notamos uma pressa enorme nas pessoas. Pessoal descia do trem e dois minutos depois retornava. Acredito que haja uma verificação para que ninguém fique na estação, pois mesmo após todos embarcarem o trem ainda ficou mais algum tempo parado. Então a dica é, não se apresse. Na parada seguinte, em Eismeer (mar de gelo) já aplicamos esse aprendizado e curtimos o stop bem mais tranquilos.
Chegamos então à estação Sphinx, a estação de trem mais alta da Europa, e daí o nome Top of Europe. Na chegada, um busto em homenagem a Adolf Guyer-Zeller, que teve a ideia e elaborou os primeiros rascunhos da toca por onde entramos 9Km atrás, e dentro da qual ainda estamos, já que essa estação também foi escavada no interior da rocha.
Guyer não chegou a ver a obra concluída. Hoje a estação de tem cresceu e abriga um grande centro de visitantes por onde passam cerca de 800 mil pessoas a cada ano. Nós também passos por lá, e contamos no post seguinte. Veja como foi!!
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